Como saber se estou com Sífilis?
- Dr. Rafael Malta

- 25 de jul. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de jul. de 2024

O que é sífilis?
Primeiro, precisamos entender o que é esta doença.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto, graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento adequado, evitando assim a transmissão para o recém-nascido.
Quais os sintomas em cada fase?
Sífilis primária
É muito importante identificar como é a ferida da Sífilis. A Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
IMPORTANTE: Você pode ter sífilis e não saber, porque a lesão da sífilis primária não dói, pode aparecer dentro do prepúcio (pele que recobre a cabeça do pênis), ou em faces internas da vagina e você não ter percebido, e a bactéria continua aí. E do mesmo jeito que vem, ela vai. Como não deixa cicatriz, ela desaparece e passa despercebida. Ela então pode evoluir para a forma secundária.
Sífilis secundária
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
Sífilis latente – fase sem sintomas
Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
A Sífilis tem aumentado fortemente principalmente na população mais jovem e mais idosa, que tem tido cada vez mais atividade sexual na terceira idade. Por isso, é muito importante ser testado e tratado conforme avaliação médica.
Como é feito o Diagnóstico?
O diagnóstico precoce através da realização de Testes Rápido, também é uma forma de prevenção pois quanto mais precoce o tratamento, menor a transmissão para outras pessoas.
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.
A Sífilis tem cura?
Sim! O tratamento é curativo, mantendo apenas uma cicatriz sorológica, isto é, uma marca no sangue por meio de anticorpos que provam que você já teve contato com a bactéria, porém, a imunidade não é permanente. Você pode se contaminar novamente, caso não se previna adequadamente.
O tratamento da Sífilis é feito com Antibióticos prescritos por um médico e cada fase tem um esquema exclusivo que é orientado a partir de um exame clínico detalhado.
O Infectologista é o médico especialista indicado para identificar a Sífilis em qualquer fase e instituir o tratamento mais adequado. Lembre-se, uma IST chama a outra. Ao testar Sífilis outros testes devem ser feitos para descartar outras doenças. Nesta consulta o médico irá avaliar o risco, e propor as orientações ideais para evitar novas infecções.
Fonte: Ministério da Saúde (http://www.aids.gov.br)







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